A Maravilha #31

O Cinema Vertical. Dean e Deren.
Nota: “The distinction of poetry is its construction (what I mean by “a poetic structure”), and the poetic construct arises from the fact, if you will, that it is a “vertical” investigation of a situation, in that it probes the ramifications of the moment, and is concerned with its qualities and its depth, so that you have poetry concerned in a sense not with what is occuring, but with what it feels like or what it means.” (Deren, in Poetry an the Film: A Symposium)

A Maravilha #30

O Sismógrafo (Zhang Heng, 132 d.C.). “Enquanto continuo a espreitar pelo canto do olho, apuro o ouvido à escuta do rumor que sobe, que aumenta. É um ruído de mandíbulas, ténue e formidável, uma linguagem de térmitas. Um idioma estranho, agudo e rude, feito de rangidos de saibro e de bicadas, um dialecto de insecto.” Mais, “Trinta milhões de besouros e de cigarras, de joaninhas e de grilos, todo um povo de insectos arcaicos — gafanhotos, lagartas, pulgões e borboletas — tomou posse da mesa e das cadeiras, dos móveis, das paredes, com um furor de animalejos. Põem-se em movimento com o tórax e o abdómen, as patas, as asas e as antenas. Roem, escavam, furam e debicam, pululam sob os rodapés. Têm a cabeça extremamente móvel poisada sobre um pescoço muito estreito. Carregam a casa inteira às costas”; (in, Ferrier, Michael, Fukushima: crónica de um desastre). O Sismo Vertical.